6.7.06

Filhos da p...!

Em leitura ao site/blog "No Mínimo" (http://politicaecia.nominimo.com.br/), deparei-me com uma matéria do Guilherme Fiuza sobre a prostituição enquanto profissão reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O fato é que o órgão governamental, ao tratar o assunto com tamanha naturalidade, dando inclusive dicas profissionais, não se compromete com o que deveria ser seu verdadeiro mister, qual seja, garantir às mulheres profissões compatíveis com sua dignidade de seres humanos. Não quero dizer com isso que as prostitutas não mereçam o amparo do governo, quero deixar claro é que o amparo do governo deve existir com o objetivo de tirá-las dessa situação degradante que é o comércio do sexo, onde a grande maioria das mulheres acaba explorada, viciada em drogas, sem dinheiro na velhice e sem amparo de quem quer que seja. Não nos enganemos com estórias de "gatas borralheiras". A realidade da prostituição é mais dura do que pensamos. Ainda bem que existem ONGs que tentam corrigir essa deformidade social. Estatisticamente sabemos que as prostitutas (excetuando-se aquelas denominadas "prostitutas de luxo", minoria reduzida a quem os itens a seguir não se aplicam): a)- iniciaram-se nessa vida ainda menores de idade; b)- dependem material e afetivamente de terceiros que as exploram; c)- são viciadas em drogas; d)- são sujeitas aos mais diversos tipos de violência; e)- desejam realmente largar a prostituição, porém não possuem alternativas para tanto.
De fato é um paradoxo que o governo federal, ao mesmo tempo em que diz combater a exploração sexual de crianças, o subemprego, a desigualdade social, as injustiças..., elabore um verdadeiro "manual de prostituição". Triste...

Em tempo: Pra quem duvida, segue o link do Ministério do Trabalho e do Emprego. E não esqueçam de navegar no "Menu da Família" do lado esquerdo da tela, para terem acesso ao já dito "manual de prostituição" do governo federal: http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=5198


ATUALIZAÇÃO URGENTE!!!! Na sexta-feira, dia 14/07, questionaram o Ministério do Trabalho sobre o absurdo aqui narrado e já no dia seguinte tiraram o link do ar, conforme informações da CBN. Mas o fato é que cliquei no link e as informações ainda estão lá.

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