4.5.06

Nem tudo está perdido

Nem tudo está perdido. Ultimamente, vejo crescer e se materializar essa constatação. Os links que constam ao lado direito do meu blog, bem como os comentários para os posts desses links demonstram que há muita gente disposta a ver o mundo melhorar sendo éticos, vencendo preconceitos, valorizando a educação e cultura, convivendo harmoniosamente com as diferenças, etc . E isso, como disse Jesus Cristo, é ser fermento na massa. Toquei no nome de Cristo propositalmente, porque independentemente de religião (eu sou Católico), é inegável que os ensinamentos de Cristo, assim como os de Buda, dos Deuses hindus, de Alá, Maomé e outros, quando vistos sem deturpação, visam apenas e tão somente a excelência humana em nível pessoal e coletivo; em última análise, visam o bem da humanidade. Não vou discorrer sobre religiões ou teologia, até porque não tenho gabarito pra isso, mas o Cabelo, em post inserido no seu blog (www.murronorim.blogspot.com/2006/05/liberdade-de-expresso-e-limites.html), tocou em um ponto chave sobre a intolerância e o preconceito (aconselho a ler o link pra melhor avaliação e conclusão sobre este meu post). Ultimamente as religiões, em especial a católica, mas todas as religiões, repita-se, viraram saco-de-pancadas. Desrespeita-se a fé das pessoas em nome da liberdade de expressão, numa completa inversão de valores éticos, onde o respeito sempre deve preceder e nortear a liberdade de expressão. Alguém poderia dizer: Mas as religiões são contra isso ou aquilo, e é por isso que as atacamos. Ora, ao assim agir, essas mesmas pessoas se transformam em homens-bomba do desrespeito, numa guerra onde uma palavra, um gesto, uma expressão artística, fere tanto ou mais do que uma arma de fogo. E isso se agigantará como uma bola de neve, onde uns e outros crescerão em intolerância e preconceito. Será que não há maturidade ou bom-senso nessas pessoas? Será que somente a censura à fé e à arte - a uns e a outros sim, não se esqueçam que na França é proibido ostentar símbolos religiosos até mesmo em escolas fundadas e/ou mantidas por religiosos - tornarão forçosa e artificialmente pacífica uma convivência que deveria ser harmoniosa e respeitosa por iniciativa das próprias pessoas, da sociedade? Ainda bem que nem tudo está perdido! Obrigado Alessandra, Cabelo, Barranco, Pedro Alexandre, e tantos outros pelos ótimos debates nos blogs da Alessandra e do Cabelo. Digo que a cada leitura das opiniões de vocês meu pensamento se aprimora, e isso eu levo para o meu dia-a-dia. E o melhor de tudo é que discussões como as entabuladas com vocês não trazem resultados incompatíveis com minha fé ou com minhas convicções pessoais - e nem poderiam trazer, pois onde há respeito é lá que Deus (para os que nele crêem) e/ou a perfeição humana (para os que crêem em Deus ou não) devem estar.

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