24.4.06

O Rei está morto! Vida longa ao Rei!

Acabou. O último recorde de Ayrton Senna foi batido por Schumacher. Não vou entrar no mérito sobre quem é, foi ou será melhor, até porque sou fã mesmo é do Piquet, e como fã acho que ele foi o melhor. O fato é que Ayrton Senna já não mais encabeça qualquer lista de recordes absolutos. Os recordes de Schumacher é que terão que cair aos pés de um novo rei. Se não acontecer - o que acredito não aconteça mesmo, nunca - Schummy será o rei enquanto a F1 existir. Até porque devemos considerar que em duas gerações, não haverá quase ninguém que viu Senna correr, e aí as estatísticas superarão a paixão.
Mas o rei está agonizando. Mesmo tenho o rei ganho em Ímola, ficou claro que Alonso é o "príncipe herdeiro". Isso se a McLaren der um carro competitivo a ele no ano que vem. Por outro lado, o rei ainda tem forças pra lutar. E se guiar um Renault em 2007 - já ouvi boatos de que ele faria isto até de graça! - , pode deixar o trono não como rei deposto, mas como renunciante ao trono. Vida longa ao novo Rei! É assim...
Como já disse antes, a história é contada por dados que comprovam façanhas. E de acordo com os dados, não há piloto maior que Michael Schumacher.

7.4.06

"Salve-se quem poder"

A indignação deveria tomar conta da plebe. Nunca ficou tão explícita a cara-de-pau da nobre classe política. Ninguém da turma é punido. E a opinião pública? "Dane-se", devem dizer entre si, enquanto riem às nossas custas (literalmente!). Enquanto isso uma cidadã comete crime de bagatela - roubou um pote de manteiga de pouco mais de 4 reais - e fica presa quase quatro meses. Enquanto assam a pizza no forno alimentado pelo dinheiro público queimado em convocações extraordinárias, auxílios, mordomias, etc, o caseiro é investigado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. E o Zé Dirceu? E o assessor do irmão do Genoíno? E o Marcos Valério? (não o chamem de "carequinha" porque certamente ofenderá o finado palhaço, que não merece ser associado a esta corja) Como andam as investigações em relação a eles? Escrevam o que eu digo: Francenildo vai acabar sendo condenado enquanto os outros comemorarão a impunidade obtida com os benefícios do sistema legal a quem "pode".
É isso: Só se salva quem está no poder. "Salve-se quem poder!"

1.4.06

Depois eu é que pego no pé dele...

Já cansaram de me falar que eu pego no pé do Rubinho Barrichello, que ele não é ruim, que era "só um brasielirinho no meio desse mundão todo" (como se Emerson fosse Italiano, Senna Finlandês e Piquet Francês), que a Ferraria o boicotava, etc.
Sempre achei o Rubinho um piloto medíocre, no sentido estrito da palavra, e por outro lado um piloto de sorte. Sorte sim, por ser um cara que fez uma boa carreira - afinal são muitos anos de pista -, correu na melhor equipe, ganhou altos salários... e só. É um piloto do qual se pode dizer que é realizado profissionalmente. Mas ao menos para mim e para alguns esportistas de verdade, não basta ser profissional, tem que ser campeão. E o Rubinho nunca teve o "instinto" de campeão...
Vejam uma coluna de quem avalia o automobilismo mais a sério do que eu e tirem suas conclusões:
A propósito desta coluna, a Alessandra Alves, no mesmo site www.gptotal.com.br, comentou o seguinte (não vou colocar o link, porque é só um trecho que me basta):
"Em sua coluna de quarta-feira passada, Luiz Alberto Pandini resumiu minha visão sobre a opinião corrente acerca de Rubens Barrichello, mas gostaria de acrescentar uma breve análise. Quem já acompanhava Fórmula 1 nos tempos de Ayrton Senna deve se lembrar de uma campanha publicitária, protagonizada pelo brasileiro, dos relógios TAG Heuer. O slogan era: Don´t crack under pressure (Não quebre sob pressão). E caía muito bem em Senna, que parecia render o seu melhor quanto mais pressionado estivesse. Isso valia para suas flying laps nos treinos de classificação, mas valia também para corridas difíceis, como os GPs do Japão de 1988 e 1989, além da mítica Donington, 1993. Por outro lado, Senna parecia se desligar ou desmotivar se não tivesse um componente de pressão a mantê-lo no foco (Mônaco, 1988, claro). Pois Barrichello me parece o oposto exato disso. Rubens não reage bem à pressão e esta temporada de 2006 parece reforçar uma característica que já tinha se manifestado antes. Rubens não reagiu bem à pressão de ter um companheiro de equipe com o mesmo tratamento dele (Irvine, na Jordan). Não reagiu bem à pressão de ter um companheiro de equipe campeão do mundo, no caso de Schumacher, e não está reagindo bem à pressão de estar novamente em pé de igualdade com seu colega Jenson Button. Mas a pressão que me parece mais pesada sobre os ombros de Rubens, hoje, é a do relógio: ele tem 34 anos e sabe que sua chance em uma equipe competitiva, como é sua Honda atual, é a última de sua carreira. Ele, ao contrário do TAG Heuer e de Senna, quebra sob pressão. "
Na corrida de amanhã ele vai largar em 17º enquanto seu companheiro larga em 1º.
É isso aí!
(Este post não é brincadeira de 1º de abril, tudo quanto foi escrito é a sincera opinião do autor)